Tuesday, May 26, 2009

CRER EM JESUS – FÉ PARA VIVER!

(Estudo Bíblico baseado no capítulo 4 do livro O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES – JOHN PIPER)

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus, creiam também em mim (João 14.1).

O motivo pelo qual Jesus nos confere este mandamento da Fé, é para que sejamos salvos por Ele. A fé é um resgate de uma situação desesperadora. A fé é o meio pelo qual somos aproximados, reconciliados com Deus.

Vejamos o texto de João 3.16-18,36:
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.18 Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.

1. quem CRÊ tem a vida eterna
2. quem CRÊ não é julgado
3. quem NÃO CRÊ já está julgado
4. quem CRÊ no Filho tem a vida eterna
5. quem não CRÊ não vera a vida e sobre ele permanece a ira de Deus.

Deus enviou Jesus ao mundo não para evidenciar nossa condenação, mas para proporcionar-nos a libertação eterna. Ele é o bom pastor, que gratuitamente dá a vida pelas ovelhas.

João 10.10
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

A morte de Jesus foi proposital, pois Ele morreu em nosso lugar. Ele tornou-se nosso substituto. Ele é a nossa justiça.

João 6.47
Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna.

Crer em Jesus significa portanto, mais que conhecer fatos específicos e verdadeiros sobre sua vida, mas confiar em sua obra, e na pessoa viva que Ele realmente é. Ele é muito mais que um resgatador, é nosso Pastor, nosso Tesouro, Noivo, Rei, e muito mais. Veja os textos:

Mateus 26.31 - Pastor
Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis de mim; pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.

Mateus 9.15 - Noivo
Respondeu-lhes Jesus: Podem porventura ficar tristes os convidados às núpcias, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo, e então hão de jejuar.

Mateus 13.44 - Tesouro
O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobrí-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.

João 18.36 - Rei
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.

Jesus é o Pão da vida, e quem nele crê, nunca mais terá fome (João 6.35). Quando confiamos em Cristo, Ele nos dá vida. Crer, significa receber de Cristo toda a graça para poder viver.

O último aspecto da fé, é que não somente cremos para a salvação, mas para a inauguração de um relacionamento eterno com Cristo. A fé é crer em Cristo, e conhecer a Cristo. Esta caminhada começa quando cremos, mas continua eternamente. Portanto, prossiga em conhecer a Cristo, através da Palavra, todos os dias de sua vida.

João 17.3
E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.

Thursday, May 21, 2009

Não Temerei!

Este vídeo está também no youtube. Nele você pode aprender a canção "Não Temerei". Espero que possa fazer bem para sua vida, e encher o seu coração de Louvor a Cristo.
http://www.youtube.com/watch?v=2VrQvn1Isgc

Não Temerei (Juliano Socio)

Tua vontade traz paz ao coração

Tua vontade traz alívio pra alma

Tua vontade me aproxima de Ti

E me faz caminhar seguro

Mesmo que eu não possa entender,

Todos os detalhes da minha vida

Uma coisa só eu sei, estou seguro em Tuas Mãos!

Não temerei, Não temerei,

Estou seguro em Tuas Mãos!

Saturday, May 16, 2009

A desambiguidade do ser


This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper. (T.S. Eliot, The Hollow Man)

O poema The Hollow Man (O Homem Oco), é o mais conhecido texto do poeta americano T.S.Eliot. Estes últimos versos são impactantes para a reflexão do sentido da vida. Esta é a forma que o mundo termina, não com uma explosão, mas com um gemido. O poema começa com a intrigante afirmação: Nós somos homens ocos; Nós somos homens cheios. A esta tensão entre ser oco e cheio, vazio e repleto, sem direção ou direcionado, quero dar o nome de ambiguidade.

Vivemos um tempo em que o ser humano aprendeu a celebrar a ambiguidade. Aprendeu a conviver com as frequentes tentativas de se navegar no caos moral, sempre propondo caminhos duplos, ambíguos sem que se resolva o caos. O homem é oco ou cheio, dependendo das suas necessidades pessoais. Na verdade, o ser ambíguo é dirigido por suas necessidades, pela ética da performance, e não no ser.

Este caos moral em que vivemos tem uma causa ética. Na verdade, como uma herança da modernidade que sempre diálogou com a filosofia, aprendemos a discutir sobre ética, elaborar tratados sobre ética, mas, infelizmente, desconectamos a ética discursiva da ética na prática da vida. É como preocupar-se com o tratado de Kyoto por um lado, e oprimir o pobre por outro. É como plantar uma árvore pela manhã, e adulterar o cônjuge no fim da tarde. Pregar a honestidade numa situação, e ser elástico, esperto em outra. O ser ambíguo é assim, sempre há várias agendas, várias preocupações, vários estímulos, e um não precisa estar necessariamente conectado ao outro.

A ambiguidade nasce junto com a proposta do pecado. O pecado é a maior expressão da ambiguidade na história. Pecado é tudo o que separa o ser humano de Deus. Aquilo que ele faz na presença dos homens, que não faria na presença de Deus. Esta duplicidade no ser proporciona uma perspectiva superficial do mal social e da natureza humana. No campo pessoal, sinais como hipocrisia, auto-ilusão, egoísmo e crueldade, estão no cerne da natureza humana e não são tratados pelas mais diversas áreas do saber. A partir de uma visão social, sinais como a inveja política, avareza na economia, a libertinagem da industria da moda e a violência do comércio do entretenimento, são também não tratados. Em função deste olhar superficial para o indivíduo e para a sociedade é que decorre a não compreensão ética.

E porque chegamos onde estamos? Em seu livro Os Sete Pecados Capitais, Os Guinnes sugere que chegamos neste caos moral pela falta de análise do motivo da ambiguidade (pecado). Aponta pelo menos três movimentos dos quais decorrem a crise moral.

O primeiro movimento é o Permissivo. Decorre da proposta de Dostoievsky (irmãos Karavazov): Se Deus estivesse morto tudo seria permitido. Infelizmente, juntamente com esta, a proposta de F. Nietzsche ecoa firmemente em nossos tempos posmodernos também. No seu mais famoso escrito, Deus está morto, o autor propõe uma avaliação dos valores judaico-cristãos, atravez da proposta de que Deus morreu. Se Deus morreu, morre com ele a ética. Portanto, a sociedade permite tudo, porque tudo não tem sentido para ela.

O segundo movimento é o Transgressivo. Vivemos dias nos quais transgredir é parte natural do processo. Os caminhos da transgressividade em nossos tempos decorrem dos idos de 60, com o movimento que teve início na França, especificamente na Universidade de Sourbone: É proibido proibir! No Brasil da década de 60, em meio ao regime militar ditatorail, trasgredir era questão de sobrevivência para a sociedade estudantil. Caetano Veloso, no festival de 68, mesmo sendo vaiado, lança o refrão no Brasil: é proibido proibir, é proibido proibir, tem que se dizer não ao não. Madonna, no início da década de 80, com o sucesso de Like a Virgin (Como uma virgem), reflete esta transgressão para o mundo, misturando valores religiosos e sexuais, em uma proposta clara e evidende de transgressão moral. O ponto é que esta transgressão, tanto social, quanto pessoal, gerou um comportamento transgressivo. O exemplos estão na mídia todos os dias. Michael Phelps foi fotografado fumando maconha. O apótolo contrabandeou dinheiro dentro da Bíblia, enquanto o deputado, tinha dinheiro na cueca, ou na mala. A transgressão virou moda que não se expressa mais nos meios de massa apenas, mas nas casas também. Cada dia mais, filhos transgridem a autoridade dos pais, e caminham para um abismo moral sem fim. Corremos o risco de perder uma geração inteira, por conta dos frutos desta mentalidade transgressiva.

O terceiro movimento é o Remissivo. A sociedade está sendo desfiada e carcomida e ninguém ajusta o caos. Redimir o erro e conviver com o absurdo parece ser a tônica do momento em que vivemos. Bill Clinton é um exemplo absurdo da remissão da não ética. O caso conhecido como MonicaGate remete a um caso de manipulação, metiras e jogos de interesse, que termina com a remissão pública anunciada por Hilary Clinton, ao dizer que não foi tão grave assim. A remissão do absurdo revela o comportamento de uma humanidade que não tem mais forças para dizer não, afirmar valores absolutos e gerar transformação não apenas do comportamento, mas da vida. Infelizmente, a mentalidade remissiva é a mãe do descompromisso, do desinteresse e da proposta do “cada um por si...”

Vivemos uma sociedade assim, que por meio destes fatores absurdos, celebra o caos. Acostuma-se a cada dia com o absurdo, anestesia-se com a ilusória superficialidade de pensar que não temos problemas, embriaga-se com as distrações tecnológicas, e coloca a esperança num sistema financeiro falido, corrupto e mal intencionado.

Qual é a proposta para a cura destas profundas marcas na vida humana? Como resolver esta crise que se aprofunda a cada dia, e que parece incontrolável? O evangelho é uma proposta simples, de direções simples, e que traz a cura integral para o ser humano como um todo. O evangelho é a desambiguidade do ser. O evangelho integra o ser humano, faz dele um só, inteiro, completo, cheio, pleno e restaurado, para sempre.

O problema é que a Igreja, ao longo dos anos, tem desenvolvido uma espiritualidade matraca. Como se fôssemos papagaios, aprendemos os cânones, decoramos a doutrina, os versículos, fazemos as sete semanas de oração, as campanhas de fé, as reuniões intermináveis, treinamentos sem sentido, para a reprodução de um ensino que massifica o crente, e que o descaracteriza como pessoa, imprimindo nele um ritmo coletivo apenas, sem que a proposta de Jesus desça ao coração e transforme o cara de dentro pra fora.

O mandamento de Jesus aos discípulos em Mateus 28.20 é para que eles ensinassem os crentes a obedecerem tudo o que Ele havia ordenado. Como? Ensinando! A missão principal da Igreja é ensinar os crentes a obedecerem. Não uma obediência moral, mas uma submissão que decorre do seguinte fator. É preciso conhecer a Jesus, a sua pessoa e a eficácia de sua obra, para que assim se obedeça o mandamento.

Portanto, a pessoa de Jesus é aquela que integra o ser humano. Conhecer a Jesus é a cura para o ser. É o fim da ansiedade, é a restauração dos relacionamentos, é a vida sendo vista com os óculos da eternidade e do amor que me aceita como sou e que me trasnforma no ser que Ele deseja. Longe de toda padronização moral, Cristo é a libertação da mente e do coração, que me faz livre para amar, para me relacionar com a vida sem o peso da performance, sabendo que sou aceito, simplestmente aceito como sou, limitado assim, pecador assim, com a história que tenho, mas abraçado pelo eterno, que me prometeu...Eu vou estar com você até o fim!

Thursday, May 14, 2009

O que Jesus espera de seus seguidores - John Piper (resenha)




Piper, John. O que Jesus espera de seus seguidores. São Paulo, Vida, 2008.

O objetivo do livro é estudar os mandamentos de Jesus, e cumprir especificamente o mandato do último mandamento de Jesus: ensinando-os a obedecer tudoi o que eu lhes ordenei (Mt.28.19,20).

Você pode ensinar os mandamentos de Jesus a um papagaio. Ele pode até repetir todos os mandamentos. Contudo, você não pode ensina-lo a obedecer os mandamentos de Jesus. Quem obedece: se arrepende, adora, acumula tesouros no céu, ama os inimigos, são enviados como ovelhas no meio de lobos para anunciar o evangelho. Repetir os mandamentos é uma tarefa fácil, contudo, obedece-los todos é impossível. No entando, para Deus tudo é possível (Marcos 10.25-27).

Qual é o caminho para a obediência dos mandamentos de Jesus? Como Deus torna possível obedecer? Jesus responde que é atravez do ensino: Ensinando-os a guardar os mandamentos...

O que é Fundamental nos mandamentos de Jesus: Não são as obras (tarefas realizadas); mas é a Glória de Deus. As boas obras vem depois.

A PESSOA e a OBRA de Cristo revelam a glória de Deus. Para obedecer, é preciso concentrar tudo em Jesus. Ele é a maior manifestação da glória de Deus. Quem me vê, vê o Pai (Jo.14.9). Por isso, ver a Jesus como Ele realmente é, singnifica ver a glória de Deus.

Método de interpretação
SIGNIFICADO DOS MANDATAMENTOS conectados a PESSOA E OBRA DE JESUS
Jesus exige uma vida que: a)manifeste o valor de sua pessoa; b) manifeste o efeito de sua obra.

Ciclo:














Portanto, para estudar os mandamentos de Jesus, e conduzir o leitor à obediência aos mesmos, é preciso que o autor apresente a pessoa de Jesus, pois conhecendo-se a pessoa e a obra de Cristo, vê-se a glória de Deus, e, portanto, obedece-se os mandamentos.

Jesus é o Filho do Deus vivo (Mateus 16.15-17); Jesus é o Filho do Homem (Marcos 14.61,62) Totalmende Deus, totalmente homem (Daniel 7.13-14). Com a vinda de Cristo, Reino de Deus chega até a terra. O Reino de Deus se manifestou na Históriaa antes de sua manifestação final e triunfante. Cumpriu-se, mas nào consumou-se. Os dois estágios do Reino são estes: O Messias veio e sofreu; O Messias virá em glória (Lucas 22.46; Mc 14.62).

A primeira vinda de Cristo caracterizou-se por sofrimento, morte e perdão dos pecados. Cristo estabeleceu a Nova Aliança, que nos capacita a obedecer os mandamentos.

A Missão de Cristo, segundo ele mesmo descreveu a João Batista em Mateus 11.3-6:
3 És tu aquele que havia de vir, ou havemos de esperar outro? 4 Respondeu-lhes Jesus: Ide contar a João as coisas que ouvis e vedes: 5 os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. 6 E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar de mim.

Em resumo, o que Jesus disse a João Batista foi: Não se escandalize por eu não estar cumprindo as expectativas políticas do povo. Não foi para isto que vim. Vim para sofrer, e dar a minha vida em resgate por muitos. Assim, Jesus revela o valor da sua pessoa e da eficácia da sua obra, para a glória de Deus.

O método do livro está em compreender o mandamento de Jesus a partir do que se revala nos evangelhos apenas. O autor não irá citar outras partes do Novo Testamento, no obejtivo de compreender a pessoa de Jesus nos evangelhos. O livro recebe este título na tentativa de resgatar a inteireza dos mandamentos de Jesus que não doces e ásperos aos seus filhos. Uma das distorções que se faz na história é pensar que os mandamentos de Jesus foram sempre dóceis. Contudo isso é fruto de uma má leitura da bíblia, que ensina que Jesus foi áspero com seus adversários e com os discípulos também em certos momentos. Jesus é severo, Jesus é doce. O meigo Jesus é conhecido a medida que a severidade de Jesus é obedecida.

O reino de Deus não vem pela espada, mas pela verdade, amor, sacrifício e poder de Deus (João 18.36 – O meu reino não é deste mundo...o meu reino não é daqui - Quais os resultados desta instação do Reino de Deus?
a. Os seguidores de Jesus não matam, eles morrem!
b. Jesus tem toda a autoridade nos céus e na terra, mas nem sempre nos livra do sofrimento e dos perigos. Temos que passar a mesma estrada de perseguição que Ele passou.
c. A autoridade de Jesus resulta na missão: Ensinar.

O autor agrupou os mandamentos de Jesus em 30 categorias, e 50 mandamentos diretos. No livro, ele expõe de maneira rápida cada um destes 50 mandamentos. A introdução é sublime do ponto de vista acadêmico e também pastoral, demonstrando que um pode se relacionar muito bem com o outro.

Wednesday, May 13, 2009

Cristo é tudo em todos



No meu fim está o meu começo (T.S. Elliot).

A beleza do evangelho é a pessoa de Cristo. Evangelho significa boa notícia, boa nova. A melhor notícia de todas as noticiadas na história humana: O verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade...(João 1.14). Cristo é a graça, o favor imerecido, o presente, a presença, a verdadeira bênção de Deus aos seus amados. Cristo também é a verdade, a definição, o caminho, a vida. Cristo é tudo em todos.

O fim primeiro do cristianismo é a preservação da vida. Cristo nos livra do império da morte. Cristo nos resgata das garras do mal e do inferno. Cristo nos dá a vida! Vida abundante, transbordante e eterna. A Igreja é o lugar da expressão desta nova alegria.

Cristo nos convida a viver essa nova vida Nele. Cristo nos leva a perceber a existência com inteireza, integridade, totalidade. Este olhar amplo, nos conduz a vizualizar também os detalhes da vida. É um protesto contra a teologia despersonalizada, que arruma um complexo de informações sobre Deus apenas. Protesto contra a teologia funcionalizada (um complexo de estratégias para Deus).

Portanto, a fé em Cristo é pessoal e integral. É Cristo sendo tudo para mim e para todos. Cristo é o ponto de partida e o fim. Ele é a razão da vida. Na verdade, Ele é o próprio fôlego da vida. Cristo está em tudo e por tráz de tudo que faz parte da vida (Hopkins).

No poço de Jacó, Cristo se encontra com a Mulher Samaritana, e mostra àquela desesperançada mulher, o caminho para a verdadeira vida. O Senhor cura a sua alma integralmente. Não é uma cura superficial, liturgica e técnica. A cura é completa e profunda. A verdadeira adoração está em perceber que Cristo atua em tudo e inclui a tudo ao nosso redor com vigor e espontaneidade; liberdade lúdica e superabundante graça; na intenção de fazer da nossa vida, muito mais que um reducionismo cristão, uma relação completa com tudo, na forma de adoração a Deus, que é vida. É o envolvimento da nossa história com a história de Cristo.

O convite é para que Cristo seja tudo em mim, transformando todos os ambientes da minha vida em lugares da sua habitação. Cristo está em tudo e quer ser visto e conhecido em tudo. Não conhecemos a Deus ao defini-lo, mas ao sermos amados por ele e correspondermos a este amor.

Cristo é tudo em todos! Aleluia!

Monday, May 11, 2009

Compreendendo a nossa fé



As nossas incompreensões e inseguraças decorrem, geralmente, da nossa falta de conhecimento. Na verdade, a ansiedade é justamente causada no coração daquele que olha para o futuro e não vê esperança. Olha as situações difíceis da vida e não vê saída. Estudar, portanto, a Palavra de Deus é uma cura definitiva para toda a ansiedade na vida; para todo o descompasso da existência e toda a improdutividade espiritual e emocional na caminhada.

Quero colocar aqui a minha leitura do primeiro ponto da Confissão de Fé de Westminster, que é a estrutura básica de fé do presbiterianismo. Aqui não está um estudo extensivo, mas um olhar, um leve perceber desta profunda compreensão da revelação de Deus.

O assunto é a Palavra de Deus, tema central da Reforma protestante, e base primeira para o conhecimento de Deus. Não pode dizer que conhece a Deus aquele que não conhece a Palavra de Deus. Incoerência é pensar que se pode ter de Deus revelação que não esteja em Sua Palavra. Toda a revelação de Deus para o ser humano, toda a regra de fé e prática, toda a inspiração para a vida, todos os meios para a salvação, cura e conforto do ser humano, está na Palavra de Deus. Aproximar-se, portanto, das Escrituras, é achegar-se a um lugar mais alto, sublime, indescritivelmente seguro.

Uma chave de leitura para a compreensão do leitor, é que a Escritura Sagrada não é um livro apenas. Antes é uma pessoa. A Palavra, o verbo, a vontade, o dizer de Deus é Jesus Cristo. Aproximar-se da Palavra, antes de mais nada, é achegar-se ao Verbo vivo, de quem se recebe toda a compreensão, vida e luz. Leia a Bíblia, procurando em cada detalhe perceber a pessoa de Cristo, porque, na verdade, em cada respirar do Santo Livro, o Pai revela o Filho, para a Glória de Deus, e a salvação de todo o que crê.

Espero que você esteja motivado a ler, apronfundar a vida, crer e viver a Palavra de Deus.

A ESCRITURA SAGRADA

Paráfrase da Confissão de Fé de Westminster:
Ainda que a natureza e as obras da criação manifestem a sabedoria, bondade e o poder de Deus, não são suficientes para dar o conhecimento de Deus e da sua vontade, necessários para a salvação. Por isso o Senhor quis revelar-se aos homens de diferentes formas e maneiras a sua vontade e para a segurança, preservação da verdade, para o conforto da Igreja, contra a corrupcão de satanás e do mundo, o Senhor a escreveu toda. Por isso a Palavra de Deus é indispensável, tendo cessado os antigos modos da revelação.

O QUE A NATUREZA E A CRIAÇÃO REVELAM DE DEUS?
a. A bondade de Deus
b. A sabedoria de Deus
c. O poder de Deus.

Salmos 19.1-4

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz.
Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os consfins do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,

Romanos 1.19-20
Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;

Assim, os homens são indesculpáveis quando afirmam não existir Deus. Contudo, falta ainda um elemento que somente a Palavra de Deus pode revelar.

Romanos 1.32
os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.

Romanos 2.1
Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo

Romanos 2.14-15
(porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.
pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os),


O QUE APENAS A PALAVRA DE DEUS PODE REVELAR ACERCA DE DEUS?
a. O conhecimento de Deus
b. A vontade de Deus que é a Salvação

1 Coríntios 1.21
Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem.

1 Coríntios 2.13-14
as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.
Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.


PARA QUE EXISTEM AS ESCRITURAS?
a. Porque Deus quis revelar-se ao ser humano
b. Para a segurança
c. Para a preservação da verdade
d. Para o conforto da Igreja
e. Contra a corrupção de Satanás
f. Contra a corrupção do mundo
g. Tendo cessado os meios anteriores da revelação, Deus revelou-se em Sua Palavra

Hebreus 1.1-2
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo;

Lucas 1.3-4
também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem.
para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído

Romanos 15.14
Eu, da minha parte, irmãos meus, estou persuadido a vosso respeito, que vós já estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento e capazes, vós mesmos, de admoestar-vos uns aos outros.

Mateus 4.4,7,10
Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

Isaías 8.20
A Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva.

1 Timóteo 3.15
para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.

2 Pedro 1.19
E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações;


A Palavra de Deus é portanto, indispensável para que o ser de Deus seja conhecido.

Saturday, May 09, 2009


Seis hábitos para uma espiritualidade saudável


Introdução:
Análise da Geração X: nascidos após a segunda grande guerra, principalmente na década de 60 e início da década de 70. Cresceu assimilando a frustração dos pais, com um enorme senso de frustração em si mesma. A geração aterior era agnóstica (não conhecia a Deus), ignóstica (ignorava a Deus). Agora, essa geração fala sobre espiritualidade, como se fosse um artigo que você compra no supermercado. É uma geração cínica, que aprendeu o cinismo esquecendo-se de Deus.

Quem e o Deus desta geracao?
O Deus dessa geração se chama EU. O eu está no centro das atenções. Essa espiritualidade da Nova Era, busca no egoísmo, no narcisismo, na satisfação pessoal um deus não verdadeiro. O objetivo do seu louvor são eles mesmos. Louvam a Deus por causa deles mesmos.

Por causa do EU, as prioridades são sempre do ser humano e não de Deus. O que vale é a auto-atualização, a auto-satisfação, e a realização pessoal, ao invés da verdade e da glória de Deus. O egoísmo é sempre destrutivo, pois impede de servir o outro e de ver a necessidade do outro.

Um outro ponto, é que essa espiritualidade egoísta, quanto disfarçada de cristianismo, promete coisas que nem mesmo Deus promete ao ser humano, proporcinando no homem a sensação de que comprou algo que não funciona. Isso está dando à luz um novo tipo de gente: Os ex-crentes. A ex-Igreja, hoje, é maior que a Igreja. Nos países de primeiro mundo a decepção é tão grande, que o secularismo não tem tido grandes barreiras para destruir conceitos cristãos formados por séculos na sociedades.

Como a Igreja pode ser relevante e ajudar estes a encontrar um espiritualidade saudável e verdadeira...

Conhecer a Deus é a chave para a alegria e para a vida plena. Salmo 16.11- Na tua presença há plenitude de alegria e delícias perpetuamente.

A verdade é que Deus deve estar no centro da busca espiritual.

O modelo da espiritualidade de Calvino é um grande ensino para a Igreja manter-se espiritual e santa. Para Calvino, espiritualidade ocorre a partir do desenvolvimento de hábitos diários, ao invés de algumas explosões de inspiração e entusiasmo. A santidade bíblica vence o EU.

Calvino sugeriu seis hábitos, e perseverou neles durante toda a vida, como um grande líder superando o sofrimento em santidade.


Quem foi Calvino...

Nasceu em 1509 em Noyon, França. Seu pai era funcionário do Bispo local. Foi enviado para Paris, a fim de estudar para o sacerdócio. Estudou direito, por conta de seu pai ter sido excomungado da Igreja. Após a morte do pai pendeu para o estudo da literatura pagã e cristã. Foi ganho pelo evangelho, como ele mesmo disse, tardiamente, começando a evangelizar na faculdade de Paris. Logo, o evangelismo lhe trouxe problemas, o que levou-o a fugir para Basel na Suiça, onde viveu sob nomes falsos e esconderijos, pelo tempo suficiente para escrever um pequeno livro explicando a fé evangélia: As Institutas da Religião Cristã. A publicação das Institutas lhe garantiu fama imediata.

Começou a pastorear auxiliando o Reformadro William Farel, contudo foi demitido em dois anos pelo conselho da cidade, desapontado com a reforma da Igreja em Genebra. Mudou-se para Estrasburgo (Alemanha) e casou-se com uma jovem viuva, Idellette de Bure.

Voltou para Genebra 3 anos depois. O conselho havia mudado de idéia. Trabalho de 1541 até 1564, o ano de sua morte.

Calvino entendeu que a espiritulidade não é algo instável, que muda ao sabor dos vendos. Contudo, é algo constante, que decorre do acolhimento de hábitos do coração, disciplinas diárias que mudam a vida e concedem uma espiritualidade verdadeira.

Onde e como precisamos desenvolver uma espiritualidade saudavel e eficaz?

Espiritualidade decorre do carater – 1 Tm 3.2 – Seja o bispo irrepreensivel.
Espiritualidade decorre do prestar contas – um dos grandes segredos dos grandes homens de Deus e o quanto eles prestam contas.
A verdadeira espiritualidade transcorre na vida familiar –
A verdadeira espiritualidade ocorre no lugar de trabalho
A verdadeira espiritualidade provem de uma vida quebrantada, que enontrou a graca!

Romanos 6.1-14

1º. Hábito – DEPENDA DO ESPÍRITO SANTO

O maior segredo da santidade é a obra que o Espírito Santo faz em nosso interior. A maior obra do Espírito Santo é nos colocar em união com Cristo.

Trata-se de uma união como a do casamento. É relacional, e o Espírito Santo é quem proporciona isto em nós.

O Espírito Santo nos revela a Cristo, não somente à nossa mente, mas o sela em nosso coração. O conhecimento de Deus não se dá apenas de fora para dentro, mas de dentro para fora, na mesma proporção, pois é derivado da fé.

O Espírito de Deus efetua duas obras naqueles que creem em Jesus

a) Mortificação: A morte da velha vida
b) Vivificação: Criação de uma nova vida.

Todas as coisas se passaram, eis que tudo se fez novo
Esse processo decorre do arrependimento, que é a verdadeira conversão da nossa vida a Deus, que implica na mortificação do nosso velho homem e no nascimento do novo homem em Cristo.

Ele levou sobre si as nossas dores, por suas pisaduras fomos sarados.
O Espirito de Deus faz com que nosso pecado, o mesmo que Cristo fez com ele na cruz, remove a maldição de nossas vidas. Cristo nos perdoa os pecados, mas o pecado continua a existir no interior do ser humano, mesmo depois da fé. O trabalho do Espírito Santo é mortificar essa natureza pecaminosa inerente, e destruí-la para sempre.

Depender do Espírito Santo é arrepender-se dia a dia.

Vivificar é ressucitar, nascer de novo. O Espírito Santo traz ao cristão o mesmo poder que Cristo experimento quando levantou-se dos mortos. Somos unidos com Cristo no poder de sua ressurreição, para podermos viver uma vida nova aqui na terra.

O resumo do primeiro hábito é a nossa união com Cristo pelo Espírito Santo. Dessa raiz mais profunda brotam a fé, a santificação, e todos os outros benefícios da salvação.

2º. Hábito: PRATIQUE A NEGAÇÃO DO EU

Mateus 16.24 –
O que não é negar-se a si mesmo: a) flagelar o corpo; b) fazer regime; c) deixar de fazer o que gosta.
A negação do eu vai muito mais além do que estes rudimentos suferficiais. A verdadeira pergunta é essa: Quem realmente está no controle da minha vida! Deus ou eu!

Construção saudável da negação do eu
Romanos 12.1-2: a)não pertencemos a nós mesmos; b) pertencemos a Deus.

a) Quando negamos o eu, deixamos de nos preocupar com a vontade própria, e passamos a nos preocupar com a vontade de Deus.
b) Uma vida de negação do eu muda a forma de nos relacionarmos com o outro. Gentileza, humildade e inferioridade são características de uma caráter que nega-se a si mesmo a ama ao Senhor
c) Quando negamos a nós mesmos procuramos usar nossos recursos para abençoar os outros e não apenas a nós mesmos.
d) Não é egoísta. Serve ao mais indesejável.
e) O eu se torna contente diante de Deus.


3º. Hábito: CARREGUE A CRUZ

O terceiro aspecto da espiritualidade é conhecer o poder do sofrimento. Para Calvino, a verdadeira batalha espiritual não ocorre contra os demonios, mas contra nos mesmos, em nosso interior.

Todo cristão está sempre em conflito com sua própria descrença. Carregar a cruz significa manter viva a fé contra os ataques do inimigo.

Qual é a arma para vencermos essa batalha...
Por incrível que pareça, a arma é o sofrimento.
Lembre-se da cruz, do poder que emana da cruz.
Hb.5-8: Cristo aprendeu pelo sofrimento. O sofrimento nos ajuda a vencer por nos conformar com Cristo.

O Sofirmento:
* nos conforma com Cristo
* quebra o nosso orgulho
* nos ensina a transferir a confiança para Deus
* nos purifica do pecado
* amplia nossas recompensas espirituais.

4º. Hábito: OLHE PARA A ETERNIDADE

Este hábito é ppraticamente um mistério. Seguir a Cristo, colocando nossos olhos nas realidades celestiais. Viver hoje a realidade que nos espera na eternidade.

Casa na areia X casa na rocha

a) Construir a casa na areia é esperar tudo dessa vida. Os acontecimentos dessa vida são imprevistos. Esperar neles é sinônimo de ansiar o fracasso.
b) Precisamos escolher qual o mundo que vai tomar o primeiro lugar em nossa vida. O que vai passar o que ainda esta por vir.

O poder da ressurreição futura deve operar no presente do ser humano.


5º. Hábito: USE TUDO NESSA VIDA PARA A GLÓRIA DE DEUS.


Um contraste com o ponto interior: tudo o que temos nessa vida, as coisas boas que Deus nos dá, deve ser usado para a glória de Deus.

Como colocar isso em prática...

1) Desligamento – desenvolva uma atitude de tudo ou nada, pois as coisas são passageiras.
2) Contentamento – com pouco nos capacita a ter uma alegria constante em tempos de fartura em tempos de necessidade
3) Prestação de contas – perceber que Deus irá nos julgar pelo que usamos os dons da criação e da cultura. Não é suficiente fazermos as coisas quando o chefe está olhando, pois o Senhor nos olha a todo tempo.
4) Diligência – Obediência é uma tarefa que decorre na vida de todo cristão.

6º. Hábito – SEJA PERSISTENTE NA ORAÇÃO

O último hábito da espiritualidade eficaz é a oração. A oração é o principal exercísio da fé, pelo qual recebemos diariamento os benefícios de Deus.

4 regras para a oração:

a) reverência a Deus
b) necessidade sincera – não faça orações repetitivas, mas ore suas necessidades
c) espírito humilde e contrito –
d) fé confiante – Devemos orar com esperança.

Deus não abençoa a vida de pessoas com o caráter duvidoso, comportamento questionável e espiritualidade inexpressiva (I Tm 3.2)